O anúncio foi feito pelo Ministério do Meio Ambiente por meio do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).
Camila Turtelli – de Ribeirão Preto

Por um ano, cientistas vão definir ações para a conservação. As metas deverão ser realizadas em cinco anos.
Com a carência de informações sobre a espécie, uma das estratégias será o fomento à pesquisa científica. Segundo a coordenadora da Associação Caatinga, Aby Rodrigues, o programa deve ter ações educacionais onde o animal é intensamente caçado.
Contra os cupins
O tatu-bola vive nas regiões norte e nordeste do país. É uma espécie endêmica da Caatinga e do Cerrado. Cientistas afirmam que o fim desta espécie traria um desequilíbrio ecológico aos biomas. Uma das principais consequências seria uma infestação de cupins, base da alimentação dos tatus, o que poderia atingir a agricultura.
Especialistas estimam que, se nada for feito para a conservação, em 50 anos o animal poderá estar extinto.
A população de tatus-bolas teve uma redução de 30% na última década. Um dos principais motivos para a queda brusca da população é a diminuição da área e qualidade de seu habitat.
“Extensas áreas do Cerrado estão sendo transformadas em pastagens”, afirmou o coordenador do Cecat (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade do Cerrado e da Caatinga), Onildo João Marini Filho.
Segundo o Ibama, o Cerrado e a Caatinga perderam quase a metade de sua cobertura vegetal original.