Um exemplar foi pescado em Florianópolis. Há 10 anos não havia registro.
Segundo especialista, ocorrência maior é no estado do Espírito Santo.
Luíza Fregapani – Do G1 SC
Marlin-azul foi pescado em Florianópolis.
Foto: Anselmo Prada/RBS TV
Neste verão, foi pescado em Santa Catarina um exemplar de Marlin-Azul, espécie rara de aparecer no litoral catarinense. Segundo os pescadores, há pelo menos 10 anos não aparecia um exemplar na região.
Pertencente à família Istiophoridae, é um dos peixes mais cobiçados pelos pescadores esportivos. O diretor do Projeto Tamar, Alfredo Carvalho, disse que há poucos registros do peixe no estado e, por isso, não há um trabalho de preservação relacionado a ele na região. “Ele costuma nadar em águas quentes, entre 22 e 31ºC”, conta.
O Marlin capturado na Barra da Lagoa apresentava ferimentos e estava bastante machucado. Ele tinha quase três metros de comprimento e 300 quilos e foi fisgado no dia 28 de dezembro. Era provavelmente uma fêmea, que pode pesar até 900 quilos. Os machos são menores, tem no máximo três metros e pesam 140 kg.
O Marlin pode viver até 30 anos. No Brasil, a área de procriação é entre São Roque, no Rio Grande do Norte, e a região de Santos, em São Paulo. A pesca no país é mais praticada no Espírito Santo, local onde foi capturado o maior peixe do mundo em 1992, com 636 quilos.
A comercialização do peixe está proibida em todo o território nacional, por meio da Instrução Normativa número 12, de 2005, editada pela Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap).
Os peixes capturados são marcados com uma numeração específica, que permite acompanhar os exemplares por sinais digitais recebidos por satélites.