Animais ameaçados de extinção são observados em florestas plantadas no Mato Grosso do Sul.
Marco Campos
Animais silvestres ameaçados de extinção, já listados no Livro Vermelho do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ano a ano voltam a ser localizados nas florestas de eucaliptos plantadas no Mato Grosso do Sul, entre elas, na região de Três Lagoas.
Os animais que ocupam as matas nativas complementam suas atividades, como alimentação e refúgio nas florestas plantadas. O fato tem sido comemorado por especialistas, que consideram o fenômeno prova de que, enquanto as florestas plantadas com eucaliptos crescem, a fauna regional se aproveita desses locais.
A vegetação do Mato Grosso do Sul, embora tenha vários tipos de fisionomias vegetais, é composta predominantemente por cerrado, bioma rico em número de espécies, devido às suas características de clima e vegetação. Historicamente, a região era dominada por pastos degradados, mas a substituição por florestas plantadas, principalmente no leste do Estado, associada a reservas e matas nativas, têm auxiliado para a conservação da biodiversidade regional.
De acordo com Klaus Duarte Barretto, diretor da Casa da Floresta Assessoria Ambiental, em Mato Grosso do Sul, onde se concentram as fazendas das empresas de celulose, existem exemplares de 75% do total de espécies de mamíferos de médio e grande porte encontrado no Estado.
“Realizamos levantamentos para verificar o equilíbrio da biodiversidade da região com regularidade e nos últimos anos pudemos observar que algumas espécies como a onça-pintada e o tatu-canastra voltaram a ser vistas com maior regularidade”, afirma.
Recentemente, Leandro Maia, supervisor de Silvicultura da Eldorado Brasil, recebeu a foto acima de um morador da que estava trabalhando na Fazenda Bela Vista Otobonni, que fica no município de Inocência (MS), fotografou um tatu-canastra (foto acima), enquanto fazia monitoramento de área.