
Dos 562 animais apreendidos vindos da Bahia, 427 são jabutis, 87 iguanas, 21 saguis, 2 falcões, 2 corujas e 23 pássaros de várias espécies.
Dos 562 animais apreendidos na manhã desta quinta-feira (19) pela Polícia Ambiental de Guarulhos, 16 chegaram mortos ao Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras) que fica no Parque Ecológico do Tietê – todos foram esmagados dentro das caixas de papelão onde foram escondidos. Os animais vieram da Bahia e seriam vendidos em mercado clandestino. Três pessoas foram detidas e liberadas em seguida. Vão responder por maus-tratos e por manter os animais silvestres em cativeiros.
Foram apreendidos 427 jabutis, 87 iguanas, 21 saguis, 2 falcões, 2 corujas e 23 pássaros de várias espécies. As imagens impressionam quem não está acostumado a ver apreensão de animais silvestres. Muitos pássaros estavam sem penas, as duas corujas filhotes estavam muito assustadas na gaiola e um dos dois falcões apreendidos fugia ao menor sinal de aproximação.
Os animais que sobreviveram foram alimentados, beberam água, alguns com dificuldade como os pássaros que não estão acostumados a tomar água em recipientes de plástico, eles bebem em rios e lagos ou nas poças de chuvas. Os bichos foram colocados em salas aquecidas onde vão passar a noite, a maioria recebeu tratamento veterinário para os ferimentos.
A apreensão foi feita pela manhã pela delegacia ambiental de Guarulhos. Os bichos estavam no bagageiro de um ônibus de turismo que saiu do interior da Bahia, na terça-feira (17), da cidade de Senhor do Bonfim, distante 2.048 km da capital paulista, e chegaram nessa quinta-feira ao estado de São Paulo.
A Polícia Ambiental chegou aos animais depois de uma denúncia anônima e montou uma operação na quarta-feira à noite para interceptar o ônibus na rodovia Ayrton Senna. Às 5h desta quinta, o veículo foi parado num acesso próximo à rodovia e que leva ao Jardim Helena, na Zona Leste de São Paulo.
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Pássaros apreendidos bastante machucados — Foto: Veruska Donato/TV Globo
O delegado Carlos Roberto de Campos disse que três pessoas foram detidas acusadas de tráfico de animais, elas foram ouvidas e logo depois foram soltas. O delegado abriu inquérito para investigar o caso, e pretende chegar aos receptadores. “Pela quantidade de animais obviamente é comercialização, por isso que a gente vai continuar investigando pra chegar em outras pessoas”, afirmou.
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Jabutis ganharam códigos de barras no Cras — Foto: Veruska Donato/TV Globo
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Um dos falcões apreendidos — Foto: Veruska Donato/TV Globo