Este é o segundo filhote que nasceu em cativeiro no parque zoobotânico.
Filhote da espécie nasceu, pela última vez fora do estado, no RJ, em 1960.
Do G1 PA

O segundo filhote de “Pavãozinho-do-Pará” nasceu no Parque Zoobotânico Mangal das Garças, em Belém. O nascimento do primeiro da espécie (Eurypyga helias) no local foi em 2013, após décadas sem reprodução do animal no Brasil. O fato foi comemorado por pesquisadores da área, pois o último registro do nascimento de um filhote da espécie foi em 1960, no Rio de Janeiro.
O parque vem trabalhando na reprodução em cativeiro de várias espécies de aves que habitam o local. Conhecido também como “pavão-papa-moscas”, o pavãozinho-do-Pará habita ainda áreas do México, da Argentina e do Uruguai. No Brasil, é encontrado na região amazônica, além do norte do Mato Grosso, Goiás e Piauí.
Desde 2009, animais da espécie vivem no Borboletário do Mangal, devido às semelhanças com seu habitat, caracterizado por áreas de solo úmido, como margens de rios, lagos e igarapés. No local, eles se alimentam de camarão, ração e larva de besouro. No parque, já são sete aves da espécie pavãozinho-do-Pará: três fêmeas e dois machos adultos e mais dois filhotes.
“A reprodução é o melhor indicativo de bem estar animal, devido à ambientação e alimentação adequadas. O filhote nascido em 2013, hoje é considerado juvenil. O Mangal das Garças é o único zoológico brasileiro que mantém a espécie em cativeiro, com relatos de reprodução com sucesso”, informou Stefânia Miranda, veterinária do Mangal.
Nas árvores, o ninho do pavãozinho-do-Pará é feito com fibras, folhas, musgo e raízes. A espécie coloca um ou dois ovos, que são chocados por até 27 dias. Para proteger o ninho de predadores, especialmente roedores, a mãe finge estar ferida ou mostra sua plumagem, emitindo um som parecido com o sibilar da cobra.
Os pais são responsáveis pela criação do filhote. No parque, enquanto a mãe protege-o no ninho, o pai busca os alimentos para o animal. Em cativeiro, a ave pode viver mais de 25 anos, devido à alimentação farta e à falta de predadores. Na natureza, vive cerca de 20 anos.