Estado deve cumprir lei e construir centro de triagem, diz superintendente.
Órgãos do estado não têm onde abrigar animais silvestres de grande porte.
Do G1- PI

“Com a nova lei, os animais silvestres doados e apreendidos precisam passar por uma triagem e quarentena antes de serem reinseridos em seu ambiente natural. Desde 2012, ano de promulgação da lei, estamos fazendo reuniões com técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, mas a secretaria ainda não tem estrutura física para receber estes animais. O estado tem que ter um centro de triagem, que ainda não começou a ser construído”, disse Manoel Borges.
De acordo com o superintendente, a população tem entregado voluntariamente animais silvestres que mantinham em residências. “Com a proliferação das doenças, vírus e por intensificação da fiscalização, as pessoas começaram a entregar voluntariamente esses bichos. Por este motivo há superlotação do nosso setor de triagem no Ibama que atualmente só tem a capacidade de receber aves, como papagaio, por exemplo”, informou.
Manoel Borges também destacou que muitos animais, como macacos, já foram entregues ao Parque Zoobotânico de Teresina, mas o local também está superlotado e não tem mais capacidade para recebê-los.
“Esses animais são de responsabilidade do estado, ainda é ação do Ibama receber bichos apreendidos em operação contra o tráfico de animais silvestres. Outro atuação do Ibama é receber animais vindo de outros estados e inseri-los em seu habitat natural. Isso, por exemplo, já foi feito quando recebemos vários primatas e enviamos para a região do lago da Barragem de Boa Esperança, no Sul do Estado, onde passaram por quarentena e foram reinseridos na natureza”, disse Manoel Borges.