Peixe, em risco de extinção, é estudado em São Francisco do Sul.
Objetivo é unificar os desafios de pesquisa e conservação da espécie.
Luíza Fregapani – Do G1 SC


O Projeto Meros do Brasil atua em diversos locais do litoral brasileiro. Em Santa Catarina, uma das regiões estudadas é São Francisco do Sul, no Norte. O objetivo é unificar os desafios de pesquisa e conservação da espécie.
Conhecido como mero, o Epinephelus itajara é um peixe marinho da família Epinephelidae, composta também pelas garoupas, chernes e badejos.
Segundo o biólogo marinho Leonardo Bueno, o peixe pode viver até 40 anos e alcança a maturidade sexual por volta dos oito anos.
Segundo informações passadas pelo projeto, o peixe pode chegar a dois metros de comprimento e 400 quilos de peso, mas corre o risco de desaparecer da costa brasileira. Os meros alimentam-se de crustáceos e peixes como raias e bagres e até jovens tartarugas. “Eles são muito dóceis e muito fáceis de serem capturados”, explica Leonardo.
Em geral, eles vivem solitários ou em grupos de três ou quatro animais. “Eles se juntam apenas na época reprodutiva, no verão. O máximo que já contamos foi de 50 peixes no mesmo local ao mesmo tempo”, explica o biólogo. Segundo ele, em Santa Catarina, eles são encontrados nas Ilhas de Tamboretes e em um recife artificial, em São Francisco do Sul, e na Ilha dos Lobos, em Barra do Sul.
Leonardo desenvolve sua tese de doutorado sobre a reprodução dos meros em Santa Catarina e no Paraná. “Além disso, fazemos marcações eletrônicas, em que conseguimos estudar o comportamento dos peixes, quanto tempo ficam em cada local e para onde vão em seguida”, explica.